terça-feira, 5 de janeiro de 2010

2007...

Desde o meu primeiro vestibular até o da UFRGS 2008, enfrentei grandes desafios. Passar num vestibular de medicina não foi nada fácil. No meu primeiro ano de cursinho, achava que passaria com muita facilidade. Conseqüência: levei um “tombo” dos grandes. Foi então que decidi sair de casa e fazer cursinho em Porto Alegre. No início foi muito difícil ficar longe das pessoas de que você gosta e do aconchego de casa. Foi aí que surgiu o grupo do Daniel. Não hesitei, fui à palestra e estava decidido que iria entrar. Ali naquela salinha com pessoas inicialmente “estranhas” eu aprendi muito. “Manter a calma”, o Daniel falava isso a todo instante. Naquele horário do meio-dia, eu criei as bases para a minha aprovação e formei grandes amigos, que foram de suma importância. Eu só tenho a agradecer ao Daniel por todo suporte que me concedeu e dizer que apesar de o vestibular parecer um bicho de sete cabeças, com muita dedicação e humildade, ele se torna extremamente acessível.

FERNANDO ZOMER VOLPATO - MEDICINA UFRGS

"Ah, a vida que deveria ter sido e que não foi!'- Entrei em 2007 com esse clima tísico-melancólico do Bandeira. Em vez de tentar superar minha reprovação no vestibular, internalizei-a como fato imutável: "Ah, nunca vou passar! Ó, Deus, que bicho burro que sou!" - eram comentários recorrentes.

Quando pensava já em roteirizar minha vida, mandá-la para um produtor de telenovela mexicana: "Maria Letícia, a Fracassada do Bairro", assisti à palestra do Daniel (o que emperrou minha carreira televisiva, mas me deu ânimo para continuar; não, melhor, para começar meu " temível" ano de cursinho). Resolvi de cara comprar a causa: ora, como entender eletromagnetismo sem nem ao menos compreender direito o que seria esse ano, em que, apesar de não contar mais com boletins trimestrais, a cobrança (de mim, dos meus pais, de mim, de mim, de mim) seria muito maior? No começo, o que mais me seduziu no grupo foi a sensação de pertença, de estar em um lugar com gente com os mesmos problemas que eu: matérias atrasadas, confusão quanto a que (e quanto a, meu Deus, como?!?) estudar, famílias entre suportivas e irritantes, exercícios inacabados - vestibulandos, enfim. Aos poucos, nosso encontro semanal tornou-se um refúgio, um momento para medir erros e acertos e, sobretudo, uma motivação para que se continuasse sempre em frente, o que me era o mais difícil. Diria que o Daniel foi nossa giberelina, acelerando nossa maturação, sem deixar-nos nunca perder o sumo.

O resultado, afirmo com uma certeza comemorativa, foi bem frutífero.

LETICIA ZENEVICH - DIREITO UFRGS

Bom, eu fui uma vestibulanda padrão, seguindo a "cartilha" do vestibulando: chorei muito, comi muito, me senti a última pessoa do mundo, pensei em desistir, tudo isso estudando muito. Não existe como passar para medicina sem estudar muito, mas só isso não resolve. O emocional conta muito, por isso procurei o Daniel. Vestibulando se acha um alvo, todos os lugares são ameaçadores, todas as pessoas são melhores do que ele, o mundo "prova" de todas as formas que ele é incapaz daquilo que deseja. É ai que o Daniel surge como salvador, oferecendo um lugar onde uma vez por semana a gente não se sente o pior, onde encontra outros estudantes que são como nós, que estão cansados de estudar, que acham que tudo aquilo não vai dar certo, que também já não agüentam mais as milagrosas fórmulas para a aprovação. O Daniel aparece como um amigo que está disposto a nos ajudar a descobrir qual o nosso jeito de vencer. Alguém que escuta nossas angustias mais idiotas, mas que mais do que isso, nos apóia nas decisões mais difíceis que tomamos. Só tenho uma coisa mais pra dizer: DANIEL TU FOI FUNDAMENTAL NA MINHA VITÓRIA, UM PSIQUIATRA, UM AMIGO E ATÉ UM PAI. NÃO TENHO COMO DESCREVER QUÃO IMPORTANTE TU FOI PARA EU APRENDER A CONFIAR EM MIM E NO QUE EU FAÇO.

Conta comigo sempre que tu precisar, vou estar sempre pronta para ajudar.Um super abraço.

JOANA MARCZYK – MEDICINA PUCRS

Acho que não posso dar o melhor exemplo de “como passei no vestibular” pois surtei e enlouqueci a mim mesma e as pessoas ao meu redor durante o ano inteiro, até o momento do listão. Tendo dito isso, minha melhor decisão no ano que passou foi procurar ajuda para lidar com minhas dificuldades emocionais, especialmente o nervosismo e a ansiedade que me prejudicaram demasiadamente no vestibular anterior. Além disso, a escolha do grupo ao invés do tratamento individual foi, para mim, essencial, pois, ao conversar com outros vestibulandos, percebi que minhas dúvidas, minhas hesitações e, principalmente, minhas inseguranças eram comuns a todos nós, e, após algum tempo, aceitei a idéia de que a grande diferença entre todos os vestibulandos de cursos muito concorridos como os nossos não é se sentimos ou não medo, e sim se podemos ou não superá-lo. Aprendi inúmeras coisas nos encontros com o grupo, mas acima de tudo aprendi a aceitar minhas limitações, confiar em mim mesma (essa demorou) e a compreender que certas coisas, por mais ajuda que obtenhamos, são tarefas solitárias, e o vestibular é uma delas. Assim, respondendo á pergunta que o Daniel me fez, o que mais me ajudou esse ano não foi ele, nem os professores, nem minha família e nem meu namorado (mesmo eles tendo sido cruciais), e sim eu mesma: compreendi que ninguém faria por mim a difícil tarefa de passar no vestibular. Dessa maneira, devo a todos eles, em especial ao Daniel, que foi quem mais insistiu que o vestibular era mais que uma prova pra mim, e sim um momento de crescimento, ter tido a segurança necessária na minha capacidade de fazer o que fiz.

CAMILA CORÁ – RELAÇÕES INTERNACIONAIS UFRGS, HISTÓRIA PUCRS (1º lugar Julho/07 e Dezembro/07), MEDICINA UFPEL/ULBRA.

Quem dera que nas escolas houvesse um trabalho com o do Daniel. Tenho certeza que o acompanhamento deste profissional experiente foi fundamental para as minhas aprovações e de muitos colegas. Lembro de ter acertado em participar do Grupo Vestibulandos Anônimos logo numa das primeiras perguntas feita para nós: o que é estudar? Eu não soube responder no momento. Nós passamos pelo menos 11 anos dentro de salas de aula e nunca alguém havia me perguntado isso. Quem dera que o mais simples fosse visto como o mais importante. Ah, a resposta não é sentar, estudar e resolver mil exercícios por dia, pelo menos não no meu caso. Eu estava no cursinho para medicina pelo 2º ano após ter feito outra faculdade por 2 anos na UFRGS e estava muito confuso quanto ao futuro. Aí veio o Daniel e disse uma frase que me marcou: a vitória não é mais importante do que a certeza de termos feito tudo para conquistá-la. Não foi a 1ª vez que eu a ouvi, mas foi a 1ª vez que eu a entendi. Tranquei a faculdade no 2º semestre de 2007 e decidi que me focaria somente no vestibular. O Daniel me apoiou em todas as minhas decisões e mudanças de rumo ao longo do caminho. Para ele, podia até não ser o melhor caminho ou o mais fácil, mas ele me fez acreditar no que eu estava fazendo, o que fez toda a diferença. Quando passava por uma semana difícil, desorganizada (aquela que não rende), problemas “extra-campo”, ele fez eu voltar pro jogo e jamais colocar em xeque um ano de estudos que não estava sendo fácil. Foi assim quando no 1º vestibular a aprovação não veio. Faltou tempo e organização. Mas o tempo é igual para todos, não era desculpa. Então eu percebi que não havia feito durante a prova o que havíamos combinado. Corrigi os erros e aprendi a valorizar o que sabia, e não a supervalorizar o que eu não sabia. Vieram outras provas, e, com a postura diferente, os resultados foram positivos. Encarei o vestibular conforme trabalhamos no grupo, com os conselhos de um profissional experiente da área e tão logo os meus objetivos estavam alcançados. Das boas lembranças, a melhor delas foi a amizade com o Dr. e com os colegas de grupo. Eles passam de concorrentes a aliados, pois aprendi muito com as pessoas que têm o dia-a-dia, motivações e ansiedades semelhantes. O aprendizado e as lições tiradas durante o ano com o Daniel serão de grande valia para o futuro e são o início, ou melhor, já fazem parte da minha caminhada.

Um grande abraço do futuro colega,

AYRES BATTISTI DE ALBUQUERQUE, MEDICINA PUC (6º LUGAR)/ UNIVALI (2º LUGAR)/UCPEL

Quando decidi fazer medicina, sabia que não seria uma tarefa fácil e que dependeria unicamente da minha dedicação, porém, não esperava que muitos outros fatores influenciassem de maneira tão decisiva. Deparei-me com uma ansiedade latente e com uma rotina cansativa, monótona e que acima de tudo exigia alguns sacrifícios.

Acabei entrando no grupo por acaso, esperando que todos os meus problemas fossem resolvidos de uma hora para outra e acreditando que o Daniel nos forneceria fórmulas mágicas para passar no vestibular. Mas logo no primeiro encontro, minhas expectativas não foram correspondidas, não da maneira como eu esperava. Encontrei alguém que, ao invés de nos mostrar o caminho, nos fez trilhar o nosso próprio, sempre respeitando as nossas individualidades, pois cada um tem uma maneira de estudar, um jeito de lidar com esse turbilhão de sentimentos de um vestibulando. Ao entrar no cursinho, descobri que eu simplesmente não sabia estudar e o caminho tornou-se ainda mais longo porque perseguíamos o ideal do vestibulando perfeito: faz todos os exercícios, estuda ininterruptamente, não tem sono, está sempre com a matéria em dia, não é ansioso, consegue manter a concentração em todas as aulas. E no grupo aprendi que o que realmente faz a diferença é sentir que o que fazemos é suficiente dentro dos nossos limites.

Após um ano de extrema dedicação e de trabalho no grupo, o resultado não foi como eu ansiava: não fui aprovada na ULBRA, PUC, UFRGS e FFFCMPA, únicas universidades para as quais prestei vestibular. Primeiramente a revolta, depois o conformismo de saber que algo ainda poderia ser melhorado, recuperar algum aspecto que se perdeu durante a jornada. Seguir em frente com ânimo e dedicação maiores que no início. E lá estava o Daniel para nos acolher e nos ajudar a lidar com o pesado fardo da derrota, que nos perseguiu durante todo o segundo ano de grupo. Nessa segunda fase, foi fundamental o trabalho mais direcionado com os ‘’veteranos” em vestibular, pois agora já sabíamos estudar e precisávamos de foco e concentração.

Finalmente, a tão esperada recompensa quando vi meu nome na lista dos aprovados da PUC, o que foi crucial para poder acreditar que é possível sim passar para medicina. Porém, não me matriculei, pois o meu objetivo sempre foi federal e todo meu esforço durante esses dois anos foi voltado para isso. O Daniel sempre esteve presente e acreditava que daria certo, mesmo quando parecia que tudo estava perdido e nem mesmo eu tinha esperanças, é claro que eu levava uns puxões de orelha e umas sacudidas. Talvez ele tenha sido o único a acreditar quando eu disse que eu sabia que ia passar na fundação. Não consegui de primeira, mas fui chamada logo depois. Enfim, cheguei lá e só tenho a agradecer por todo o apoio incondicional do Daniel!

CAMILA WILLANI - MEDICINA PUC/ FFFCMPA/UFRGS

Nunca imaginei que para passar no vestibular eu precisaria de uma ajuda além dos livros. Tive que passar por dificuldades para perceber que o que me faltava não era estudo. Foi então que comecei a acreditar e a valorizar o trabalho do Daniel. Foi com a ajuda dele e do grupo que eu percebi que para conseguir alcançar a aprovação não era preciso milagres. Aprendi a valorizar cada conquista minha e a acreditar no meu potencial. Somente depois de confiar em mim mesma é que consegui alcançar a aprovação.Tudo isso foi possível após muitos puxões de orelha que o Daniel nos deu nos colocando no caminho certo quando queríamos desviar do temido vestibular; e ao grupo, pela compreensão mútua de todos e, principalmente, pela amizade.

LETICIA MACHADO ACOSTA – MEDICINA PUC/ULBRA

Havia prometido que a redação da UFRGS seria a última, mas para o tio Dani abri uma exceção.

Por que a aprovação no vestibular pode se tornar tão difícil?

Pessoas que estão acostumadas com certezas sentem mais essa dificuldade, pois se tem um sentimento que não nos acompanha nesse ano de preparação ele é a certeza!!! Tudo é como um pântano, os passos não são firmes, as opiniões e conselhos obtidos também são vacilantes.

Qual a função do Grupo?

O grupo se torna um ponto de referência, em quem podemos acreditar e de quem podemos esperar opiniões e amizades sinceras.

O Daniel nos ajuda a reconhecer alguns limites e, certamente, o mais difícil de nós aceitarmos é quando ouvimos que está na hora de parar de estudar...isso mesmo...é difícil de aceitar, de acreditar, mas esse limite também existe. Não respeitá-lo me tirou a vaga por um ano, e no ano seguinte a história quase se repetiu.

Definindo melhor o papel do Daniel...ele é um chato, fala o que não queremos ouvir, coloca o dedo na ferida quando já estamos esquecendo dela, nos faz sentir crianças birrentas quando fala algumas verdades, mas até que é legal.

Acho que é isso. Daniel, obrigada por me aturar esse tempo. Sabe como é...perco o amigo, mas não a piada!

LISIANE TREIS - MEDICINA ULBRA/ PUC/UFRGS

Nunca tive dúvidas sobre a carreira que queria seguir: a Medicina sempre foi meu sonho, porém não imaginava o que isso significaria na minha vida e quão árduo seria o caminho da aprovação, afinal tinha um desempenho razoável na escola e acreditava que isso era suficiente para concorrer a uma vaga no vestibular. Doce ilusão. Assim, no primeiro ano de cursinho percebi que precisava de ajuda e de orientação urgentemente, foi quando decidi assistir a palestra do Dr. Daniel e passei a participar dos encontros semanais. No grupo, comecei a ter noção do que estava acontecendo e da real proporção da minha escolha, além de precisar me disciplinar e me organizar para estudar, notei que era fundamental ter muita paciência, confiança e maturidade, ou seja, coordenar meu emocional para ser bem sucedida no vestibular. Cada encontro era, então, indispensável para que eu pudesse refletir sobre minhas ações e fazer um balanço do que estava dando certo e do que não funcionava, além de poder contar com a colaboração dos outros integrantes e utilizar suas idéias, contrariando o paradigma da competição, inexistente dentro dos encontros. Ao longo dos três anos de cursinho e, por consequência, do grupo conquistei o apoio tão necessário para enfrentar o vestibular, pois somente quem está passando por essa situação é capaz de compreender o que realmente acontece e é capaz de ajudar. Além disso, conquistei amizades inesquecíveis, sem as quais não seria capaz de obter a minha aprovação. É necessário ter humildade para reconhecer que, apesar de a preparação para o vestibular ser solitária, a ajuda de um profissional torna a longa caminhada até a aprovação muito mais fácil e amena, só me resta, então, agradecer: MUITO OBRIGADO DANIEL!!

BÁRBARA SCHNEIDER EISELE – MEDICINA UPF/ ULBRA/PUC/FURG/UFRGS



Nenhum comentário:

Postar um comentário