Os anos de pré-vestibular não foram nada fáceis para mim. No primeiro ano de cursinho, em 2000, eu estava certa da aprovação, contudo fui pega de surpresa, devido a um deslize na redação não passei naquele ano. Alcancei média suficiente para passar na Medicina da Fundação, que havia sido alguns pontos mais baixa, mas rodei na Ufrgs. Em 2001 fiz pré-vestibular novamente, porém eu estava tão segura por ter chegado tão próximo da aprovação, que deixei de lado disciplinas importantes como Português, porque havia conseguido uma boa pontuação. Novamente fui reprovada, alcancei apenas dois pontos a mais na média, chegando a 702, mas isso não importava naquele momento, pois mais uma vez eu teria de levantar a cabeça e enfrentar as aulas do cursinho por mais um ano. Foi quando em 2002, participei dos Vestibulandos Anônimos em seu primeiro ano de formação. Éramos apenas três pessoas, eu e mais dois meninos. Resolvi fazer parte do grupo porque era meu terceiro ano de cursinho e a ansiedade atrapalhava muito meu estudo. O grupo ajudou-me em diversos aspectos, diante de meus colegas, a cada encontro, eu percebia o quanto deveria estudar ou me organizar mais. Tinha pouquíssimas amizades no cursinho e, por essa razão, não tinha muitos parâmetros de estudo. Quando comecei a freqüentar os encontros semanais passei a ter com quem me comparar, de maneira alguma encarando isso como uma competição, mas como um estímulo. Toda vez que meus colegas estavam conseguindo mais concentração ou estavam rendendo mais do que eu nos estudos, isso me levava a refletir o motivo pelo qual eu não estava conseguindo fazer o mesmo, melhorando a qualidade do tempo de estudo. Depois de longas conversas e muito estudo, finalmente alcancei a tão sonhada aprovação na Medicina da Federal do Rio Grande do Sul, atualmente estou começando o quinto ano, nono semestre. Obviamente, minha vida não tornou-se um “mar de rosas”, agora tenho ainda mais responsabilidades, mais estudos e enfrento todas as dificuldades pelas quais o ensino no país está atravessando, mas apesar das dificuldades faria tudo outra vez. Fazer Medicina na Federal era o meu maior sonho e hoje a minha maior realização.
Mônica Guzinski Rodrigues – Aprovada
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